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    “Não acho razoável que se fale em anistia”, diz diretor da PF sobre 8/1

    Andrei Rodrigues, diretor da instituição, diz que crimes apurados pela Polícia Federal (PF) são de "altíssima gravidade"

    Maria Clara Matosda CNN , São Paulo

    Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), disse nesta segunda-feira (27) que não acredita ser “razoável” a discussão sobre a anistia dos condenados pelos ataques em 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes, em Brasília.

    “Nós fizemos uma investigação muito dura, muito séria, muito consistente e que apura crimes de altíssima gravidade”, disse Andrei Rodrigues em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. “Eu, e aqui é a minha opinião pessoal, não acho razoável que se fale em anistia para quem comete esse crime dessa magnitude”, completou.

    O diretor da PF também comentou sobre o financiamento dos ataques e negou a existência de “mega-financiadores”.

    “Muitas vezes, na expectativa de algumas pessoas, haveria um ou dois, ou um grupo de mega-financiadores com vários milhões para essa atuação orquestrada para o golpe de Estado”, disse o diretor da PF, que complementou: “a investigação provou que não, pelo menos nós não conseguimos identificar que isso tenha acontecido”.

    Apesar de negar a existência de grandes patrocinadores, Andrei Rodrigues afirmou que havia um “financiamento disperso” por trás dos atos, e que os financiadores foram responsabilizados.

    “O que havia, sim, era esse financiamento disperso onde uma pessoa fornecia determinado insumo, outra uma questão logística, outra recursos e isso está lá apontado no inquérito policial”, continuou o diretor. “Portanto, sim, nós responsabilizamos os financiadores”, completou.

    PL da Anistia

    A proposta que beneficiaria presos pelos ataques aos Três Poderes, conhecida como “PL da Anistia”, está parada na Câmara dos Deputados.

    No fim de outubro, uma decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), adiou e travou a análise da proposta na véspera da votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

    Como mostrou a CNN, Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito a suceder Lira na presidência da Casa Legislativa, deve repetir a estratégia de Lira e levar, ao colégio de líderes, assuntos mais polêmicos para viabilizar apenas o avanço de temas em que há consenso.

    Enquanto a base aliada do governo quer barrar o avanço do texto, a oposição quer a aprovação do projeto com mudanças para que o perdão se estenda ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — para que ele retome os direitos políticos e a elegibilidade.

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