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    Mulheres podem ser a maioria e governar o mundo, diz Lula em Angola

    Presidente discursou ao ser condecorado com a Ordem Dr. António Agostinho Neto em Luanda

    Marina Toledoda CNN

    em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (25), durante visita a Angola, que as mulheres ainda não conseguiram se expressar como maioria na política, mas que elas são maioria e podem governar o mundo.

    “Todos nós sonhamos com a participação da mulher na política, mas pela desigualdade de tratamento que recebe na sociedade, pela quantidade de desigualdade que existe no comportamento do homem com relação à mulher, ela ainda não conseguiu se expressar, como maioria que ela é, na política, nos países”, disse.

    “É justo de uma vez por todas a gente compreender que elas [mulheres] podem, sim, ser a maioria e governar o mundo ao invés de nós [homens]”, continuou.

    “Quem sabe se um dia que a gente consiga isso, a gente acabe com a desigualdade mais grave, que é a mulher ser tratada como objeto de cama e mesa ainda em pleno século 21”, acrescentou.

    Durante seu discurso, o presidente citou a Lei de Igualdade Salarial sancionada em julho, que exige que homens e mulheres que exerçam o mesmo cargo, na mesma empresa, recebam o mesmo salário, como um passo que o Brasil deu para combater a desigualdade de gênero.

    Lula disse que a batalha contra a desigualdade será vencida apenas quando for colocada como prioridade “na nossa vida, em cada discurso e em cada ação nossa”.

    Veja: Lula sanciona Lei da Igualdade Salarial

    A declaração foi dada durante seu discurso ao ser condecorado com a Ordem Dr. António Agostinho Neto pelo presente angolano, João Lourenço, no Palácio Presidencial, em Luanda.

    Em seu discurso, Lula disse ser “honroso” receber uma condecoração que leva o nome de Agostinho Neto, que foi líder do movimento pela independência do país africano, ex-colônia de Portugal, e se tornou o primeiro presidente angolano, em 1975. Lula afirmou que vai “carregar essa medalha com o compromisso de que quem tem uma causa não pode parar de lutar”.