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    Mulheres ocupam 5,5% dos cargos de lideranças partidárias na Câmara e 10,5% no Senado

    Senado promove nesta quarta-feira (8) uma sessão especial em homenagem à data e a mulheres que contribuíram para a paridade de gênero

    Sede do Congresso Nacional, em Brasília
    Sede do Congresso Nacional, em Brasília Arquivo/Agência Brasil

    Luciana AmaralGabriel Hirabahasida CNN

    em Brasília

    As parlamentares mulheres ocupam apenas 5,5% dos cargos de lideranças partidárias na Câmara dos Deputados e 10,5% no Senado Federal, conforme mostra levantamento realizado pela CNN.

    Um líder partidário ocupa um cargo de destaque por ser o responsável por falar em nome da bancada no Legislativo e também por ter mais influência nas negociações internas e junto ao Palácio do Planalto, por exemplo.

    Na prática, além de maior destaque, os líderes também concentram mais poder de barganha.

    A Câmara conta com 18 cargos de líderes atualmente, dos quais somente um é ocupado por uma mulher: a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), representante de seu partido. Sendo assim, somente 5,5% das lideranças partidárias na Câmara estão nas mãos de mulheres.

    Já no Senado, são 19 cargos de lideranças, dos quais dois tem mulheres à frente: a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), no bloco parlamentar Resistência Democrática – formado por PSD, PT e PSB –, e a senadora Tereza Cristina (PP-MS), com a bancada do PP.

    A situação demonstra que somente 10,5% das lideranças no Senado estão sob o comando de mulheres.

    Eliziane Gama é ainda a líder da bancada feminina no Senado. A previsão é que uma nova senadora ocupe o posto a partir das próximas semanas.

    Em outubro do ano passado, 91 mulheres foram eleitas deputadas federais. Atualmente, porém, devido a licenças para ocupar outros cargos, como ministérios e secretarias estaduais, 87 estão em exercício. Dessa forma, elas são 16,9% da Câmara.

    O Senado tem hoje 15 senadoras dentre os 81 parlamentares. Um percentual de representatividade de 18,5%, bem distante dos mais de 51% que as mulheres representam no país em termos estatísticos, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em outubro, quatro mulheres foram eleitas nas 27 vagas disponíveis ao Senado.

    Quando se analisa a situação das deputadas e senadoras em cargos de vice-lideranças no Congresso, as mulheres estão em maior número. A representatividade, porém, continua abaixo da proporcionalidade que há no Congresso e na própria população.

    Dos 19 cargos de vice-lideranças na Câmara, quatro são ocupados por mulheres, o que representa 21%.

    Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Erika Hilton (PSOL-SP) são vice-líderes da federação entre PSOL e Rede na Casa, enquanto Ana Paula Lima (PT-SC) e Maria Arraes (Solidariedade-PE) são vice-líderes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O Senado conta com nove cargos de vice-lideranças, em que duas mulheres ocupam três cargos, o que significa uma proporcionalidade de 33,3%.

    A senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO) é vice-líder do bloco parlamentar Democracia – formado por União Brasil, MDB, Podemos, PDT, PSDB e Rede – e do próprio União. Ana Paula Lobato (PSB-MA), por sua vez, é vice-líder do PSB na Casa.

    Nesta quarta-feira (8), data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Senado vai promover uma sessão especial em homenagem à data e a mulheres que contribuíram para a paridade de gênero, de alguma forma.

    Entre as agraciadas com uma premiação estarão a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e a primeira-dama Rosângela Silva, mais conhecida como Janja.

    A Câmara deve votar em plenário projetos ligados ao combate à violência contra a mulher, ao assédio sexual e à desigualdade de gênero.