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    MPF prorrogará investigação de vazamento de operação da PF para Flávio Bolsonaro

    Procedimento foi aberto em maio, após denúncias do empresário Paulo Marinho, suplente do filho do presidente no Senado

    Leandro Resende, da CNN , do Rio de Janeiro

    O Ministério Público Federal irá prorrogar por mais 90 dias a investigação sobre a suspeita de vazamento da Operação Furna da Onça, da Polícia Federal, para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O procedimento foi aberto em maio, após entrevista do empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, ao jornal Folha de S. Paulo. Segundo ele, após o segundo turno das eleições de 2018, o filho do presidente Jair Bolsonaro soube de um delegado da PF que o nome de seu assessor Fabrício Queiroz aparecia em meio a investigações sobre deputados estaduais do Rio. Por essa razão é que Queiroz e a filha, Nathália, funcionária no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, foram exonerados.

    Por regra do Ministério Público Federal, o procedimento investigatório criminal que investiga o vazamento deveria ser concluído no dia 18 de agosto – 90 dias após ser aberto. A prorrogação por mais três meses foi confirmada à CNN pelo procurador Eduardo Benones, procurador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial. Isso significa, então, que o MPF deverá responder até novembro se houve vazamento, de onde partiu, quem se beneficiou ou se não procede a história relatada por Paulo Marinho.

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    Todos os citados por Paulo Marinho como participantes ou beneficiários do vazamento já prestaram depoimento ao MPF e à Polícia Federal, que também investiga o assunto. Fontes que atuam nas duas apurações informaram à CNN que, até aqui, há muito material para ser analisado e algumas pessoas ainda precisam ser ouvidas.

    Um dos entraves à conclusão da apuração sobre o suposto vazamento é o fato de o advogado Victor Granado Alves ter se beneficiado por um habeas corpus liminar concedido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região e, por isso, não ter prestado depoimento e não ser mais investigado. Segundo Paulo Marinho, ele esteve na porta da Polícia Federal quando a operação vazou e na reunião em que o senador teria admitido ter recebido informação privilegiada. O MPF quer ouvi-lo e recorreu do habeas corpus. O TRF-2 ainda irá marcar julgamento definitivo.

    Já foram requisitadas, por exemplo, imagens e informações sobre a entrada da Superintendência da Polícia Federal, no centro do Rio, onde teria acontecido o encontro no qual houve o vazamento do envolvimento de Queiroz na Furna da Onça.

    Prestarão depoimento, ainda, a filha de Queiroz, Nathália, e os policiais federais que participaram das investigações.

    Os investigadores também têm em mente a realização de uma acareação entre Flávio Bolsonaro e Paulo Marinho, para que sejam confrontadas as duas versões. Ainda não há data para que o encontro aconteça.

    A defesa do senador Flávio Bolsonaro vê com tranquilidade a prorrogação das investigações sobre supostos vazamentos na operação Furna da Onça. Todos os esclarecimentos sobre o tema já foram dados ao Ministério Público e, ao final da investigação, ficará provado tudo o que foi dito pelo parlamentar.

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