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    MP junto ao TCU pede investigação para apurar o uso de recursos públicos pela Abin paralela

    Documento também pede para que os presidentes da Câmara ou do Senado sejam informados em ações da agência de inteligência que envolvam parlamentares

    João Rosada CNN , Brasília

    O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, nesta sexta-feira (12), que a Corte conduza uma investigação para apurar o uso de recursos públicos utilizados em um suposto esquema de espionagem ilegal contra autoridades.

    Na quinta-feira (12), a Polícia Federal (PF) realizou a quarta fase da operação Última Milha, que investiga uma suposta rede de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os agentes cumpriram cinco mandados de prisão contra ex-servidores cedidos para Abin e influenciadores digitais.

    Segundo o documento, assinado pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, é necessária uma investigação para identificar se houve a utilização de recursos públicos nas atuações do grupo criminoso.

    “Os fatos ora trazidos ao conhecimento da Corte demandariam averiguação contundente no campo do controle externo, afigurando-se a necessidade de atuação no intuito de verificar a utilização de recursos públicos na perpetração de crimes contra a democracia”, escreveu Furtado.

    O subprocurador também pede para que o TCU assegure que as ações desenvolvidas pela Abin sejam transparentes, especialmente quando as investigações envolverem parlamentares. Nessa situação, o subprocurador defende que o presidente da respectiva Casa Legislativa deve ser informado.

    “Atuar para que as ações desenvolvidas pela Abin sejam dotadas da devida transparência, em especial quando as investigações envolverem parlamentar — situação em que o Presidente da respectiva Casa Legislativa deve ser formalmente avisado, sob pena de nulidade”, comentou Furtado.

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