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    MP das Apostas: emendas ao texto querem liberar bingo, cassino e jogo do bicho

    Atualmente, o jogo do bicho é classificado como contravenção penal, que é uma infração em menor gravidade na comparação com o crime

    Projeto prevê a liberação de cassinos em resorts
    Projeto prevê a liberação de cassinos em resorts Pixabay

    Larissa RodriguesBrenda Silvada CNN

    Em Brasília

    Terminou na última segunda-feira (31) o prazo para apresentação das emendas (tentativas de alteração ao texto) à medida provisória (MP) das apostas esportivas. Ao todo, foram apresentadas 239. Entre elas, duas do senador Angelo Coronel (PSD-BA) chamam a atenção.

    A primeira sugere revogar um artigo da Lei de Contravenções Penais para que não seja mais proibido o jogo do bicho no Brasil. “Essa discussão já está no Supremo Tribunal Federal (STF). A MP é a oportunidade que o Congresso tem de legislar sobre o assunto, esse é o nosso papel”, afirmou o senador à CNN.

    Vídeo: Lula assina MP e projeto de lei que liberam apostas esportivas no país

    Atualmente, esse tipo de atividade entra no leque dos jogos de azar, sendo considerada contravenção penal, ou seja, uma infração de menor gravidade em comparação ao crime. A pena para quem se envolver com o jogo do bicho pode chegar a um ano de prisão, além de multa.

    Uma outra emenda do senador Angelo Coronel busca autorizar os jogos de fortuna –aqueles em que o ganho e a perda dependem exclusivamente da aleatoriedade, como bingo e jogos de cassinos. De acordo com o texto, o funcionamento de cassinos seria exclusivamente em resorts, como uma espécie de atrativo turístico.

    “A aprovação dessas emendas é difícil e vai depender dos congressistas. Mas é importante lembrar que o Brasil está perdendo muito em receita ao não aprovar esses jogos”, argumenta o senador.

    Ainda segundo a emenda apresentada, a regulamentação das apostas esportivas seria uma oportunidade para reconhecer o potencial econômico dos jogos de fortuna, especialmente em resorts.

    Projeções do Ministério da Fazenda indicam a arrecadação de pelo menos R$ 2 bilhões em 2024 sob a taxação das “bets”, como são conhecidas as empresas de apostas esportivas. Nos anos seguintes, as estimativas variam de R$ 6 bilhões a R$ 12 bilhões.

    O texto enviado pelo governo ao Congresso Nacional estabelece que as loterias de cota fixa serão taxadas em 18% sobre o chamado “Gross Gaming Revenue” (GGR), que é a receita obtida com todos os jogos após o pagamento dos prêmios aos jogadores e o pagamento de Imposto de Renda sobre a premiação.

    A pasta da Fazenda já está estudando medidas para diminuir o impacto da taxação no mercado. Uma delas é a flexibilização do pagamento da outorga pelas empresas que querem se estabelecer no Brasil.