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    Mourão diz não ver como “função” dele ajudar no socorro direto às vítimas no RS

    Criticado por "sumiço" durante tragédia, senador afirmou à Rádio Gaúcha que trabalha sem fazer exploração política e atua no Legislativo por recursos

    Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
    Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) Edilson Rodrigues/Agência Senado

    Jussara Soaresda CNN

    Brasília

    Criticado por não estar presencialmente no enfrentamento à tragédia no Rio Grande do Sul, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) alegou que tem 70 anos e que vê a atuação direto no socorro como um “desvio de função”. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira (24).

    “Eu entendo isso aí. Vamos lembrar que eu sou um homem de 70 anos de idade. Quantos homens de 70 anos de idade estão no meio da água aí? Vocês disserem que tem alguém da minha idade salvando gente, né… Mas eu não vejo isso como minha função. Eu estaria tendo um desvio de função. É essa minha visão”, disse.

    Procurado pela CNN para comentar a repercussão desta declaração, Mourão disse que não comentaria.

    Ainda na entrevista, o vice do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não gosta de fazer exploração política, que é mais discreto e que mandou “inúmeras carretas de doação para o Rio Grande do Sul sem falar nada”.

    “Vi a crítica que vem sendo feita, aceito a crítica, mas aproveitando a oportunidade que vocês estão me dando para mostrar a forma que eu vejo. O meu trabalho para que as pessoas saiam dessa situação difícil é um trabalho silente, contínuo e sem querer capitalizar politicamente”, explicou.

    Mourão afirmou ainda que vem trabalhando no parlamento em Brasília para a melhoria da legislação.

    No caso da tragédia, o senador disse que estava no estado desde o dia 1º de maio e no dia 3 fez uma reunião na Assembleia Legislativa, antes de iniciar a evacuação no Centro de Porto Alegre.

    Mourão disse que naquele mesmo dia telefonou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que marcou uma reunião para o dia 6 com o senador Paulo Paim (PT-RS).

    Na ocasião foi criada a Comissão Temporária Externa para acompanhar a tragédia climática no Rio Grande do Sul, do qual é relator.

    A comissão, presidida por Paim, fez a primeira diligência externa nesta quinta-feira (23) em Canoas em uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB).

    “Estamos trabalhando em cima de legislação, de agilizar a entega de recursos, convencer nossos irmãos parlamentares de destinar emendas que eram de seus estados para o Rio Grande do Sul. Esse é o trabalho que estamos fazendo”, disse.