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    Mourão: Brasil se compromete contra desmatamento, mas vê politização em cobrança

    Vice-presidente afirma que país sofre mais por seu potencial de produção de alimentos

    Da CNN

    O Brasil reafirmou a investidores estrangeiros o compromisso em reduzir o desmatamento na região da Amazônia, mas não firmou metas específicas, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse em entrevista exclusiva à CNN.

    “Disse para eles que, hoje, falar em números não seria real. Deixei claro que o nosso compromisso é paulatinamente, progressivamente, ao longo do governo do presidente Bolsonaro, manter as operações de fiscalização de forma intensa”, afirmou Mourão, que também comanda o Conselho da Amazônia.

    O encontro virtual realizado nesta quinta-feira (9) foi uma resposta do governo a uma carta redigida por investidores de nove países, por meio da qual demonstraram preocupação com o desmatamento da Amazônia. Na entrevista à CNN, Mourão disse que a redução de queimadas é o objetivo principal para 2020.

    Apesar desse compromisso, o vice-presidente afirmou que as cobranças ao Brasil fazem parte de “um movimento mundial” e possuem contornos políticos. “A gente tem que ter consciência que existe uma disputa geopolítica mundial. O Brasil hoje é um produtor de alimentos consagrados, é um país que cada vez mais tem condição de alimentar a população mundial”, justifica Mourão.

    O general vê “algo que é política interna do Brasil ser levado para o lado de fora”, em referência também aos povos indígenas. “Quer se colocar coisas distintas no mesmo balaio”, diz, afirmando que se trata de um movimento que coloca o governo Bolsonaro nos debates que também afetam outros políticos, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

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    Para Mourão, as cobranças que investidores e empresas fazem ao Brasil estão inseridas em uma teoria que coloca três pilares, o meio ambiente, a responsabilidade social e a governança interna como critérios para investimentos. 

    “Aqui no Brasil, nós temos que nos adaptar a isso e saber dialogar com esse pessoal, buscar a realidade e deixar claro o compromisso do governo brasileiro com a preservação do patrimônio que é a Amazônia”, afirmou o vice-presidente.

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