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    Moro questiona transferência do Coaf para o Ministério da Fazenda no governo Lula

    Órgão atua na prevenção e combate à corrupção e até então fazia parte da estrutura do Banco Central

    EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
    EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

    Danilo Moliternoda CNN São Paulo

    O ex-ministro e senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) usou suas redes sociais nesta terça-feira (3) para questionar o retorno do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à estrutura do Ministério da Fazenda, determinado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) da segunda-feira (2) um decreto que consolidou a realocação. O Coaf atua na prevenção e combate à corrupção e até então fazia parte da estrutura do Banco Central (BC).

    O ex-juiz destacou em sua publicação o caráter autônomo que tem hoje o BC e apontou a gestão da pasta comandada por Fernando Haddad (PT) como “política”.

    A CNN procurou o Ministério da Fazenda para que comentasse a publicação de Moro. Até o momento não houve resposta.

    Moro e o Coaf

    Nos primeiros dias de seu governo, em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu o Coaf da estrutura do Ministério da Fazenda para a pasta de Justiça e Segurança Pública — então comandada por Sérgio Moro.

    Em agosto de 2019, contudo, o ex-presidente assinou uma medida provisória que transferiu o órgão para o Ministério da Economia, o tirando da alçada de Moro. No começo de 2020, o Coaf foi novamente realocado e consolidado na estrutura do Banco Central.

    Quando ainda era pré-candidato à Presidência pelo Podemos, em janeiro de 2022, Moro chegou a afirmar que Bolsonaro beneficiou seus filhos em investigações judiciais ao realizar a transferência.

    “O Coaf foi para o Ministério da Economia. Depois teve uma decisão do Supremo que beneficiou o filho do presidente, parou uma investigação. O problema é que essa liminar parava todas as investigações de lavagem de dinheiro no país”, disse o ex-juiz em entrevista ao Flow Podcast.