Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moro quer tirar de Lewandowski ação sobre mensagens entre procuradores

    Nesta semana, Lewandowski retirou o sigilo do material. Procuradores da Lava-Jato pediram que o ministro reconsidere a decisão de entregar as mensagens a Lula

    Gabriela Coelho, da CNN, em Brasília

    Sergio Moro, Ministro da Justiça, Segurança Pública
    Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Brasília, 04 de dezembro de 2019.
    Foto: Adriano Machado/Reuters

    O ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (3), que o processo da operação Spoofing, que envolvem conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava-Jato seja tirado do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski e enviado ao ministro Edson Fachin.

    No fim do ano passado, Lewandowski já havia determinado que a Polícia Federal entregasse o material ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  mas a defesa não obteve os documentos. Em janeiro deste ano, o ministro determinou novamente que o ex-presidente obtivesse as mensagens.

    Nesta semana, Lewandowski retirou o sigilo do material. Procuradores da Lava-Jato pediram que o ministro reconsidere a decisão de entregar as mensagens a Lula e, caso o ex-presidente já tenha recebido, seja impedido de utilizá-las.Na ação, Moro pede que a decisão de Lewandowski seja submetida ao plenário da corte. 

    Na ação, o também ex-juiz Sergio Moro afirma que não há prova da autenticidade das mensagens.“Podem elas ter sido adulteradas antes de sua apreensão pela Polícia Federal na Operação Spoofing. As perícias ali realizadas apenas confirmam que as mensagens foram objeto de busca e apreensão nos computadores dos hackers, mas não há demonstração de que não foram corrompidas após terem sido roubadas dos celulares dos Procuradores da República”, disse.

    Segundo Moro, o STF deve decidir que sejam inadmitidas como provas as supostas mensagens. “Em uma Operação complexa e longa como a Lava Jato, quatro anos só entre 2014 e 2018, é de se esperar a interação entre juiz, procuradores e advogados e que não se limitam às petições formais nos processos ou às manifestações em audiência.

    É notório que, na praxe jurídica brasileira, o juiz recebe pessoalmente o Procurador da República, o Delegado de Polícia, assim como recebe o advogado de defesa, sem estar necessariamente presente a parte contrária, e não é incomum haver diálogos nessas ocasiões, sem que se tenha essa prática como ilícita ou imprópria”, defendeu.

    Tópicos