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    Moro descarta concorrer a presidente em 2026 e diz que apoiará Caiado

    Senador fala em formar uma frente de centro direita, mas afirma que não considera ser presidenciável novamente

    Isabel Megada CNN

    Brasília

    Absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que não considera a hipótese de se candidatar à presidência da República nas eleições de 2026.

    Segundo Moro, o plano é apoiar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que pretende lançar a candidatura pelo União Brasil.

    Moro defendeu a formação de um frente partidária de oposição ao candidato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

    “O governador Caiado bem representa o partido, se ela de fato se firmar em 2026. Existe um desejo de formar uma frente de centro e centro-direita para que possamos virar a página das políticas erradas do atual do governo.”

    Polarização política e relação entre os Poderes

    Questionado se o julgamento ajuda a diminuir a fervura entre o Legislativo e o Judiciário, Morou respondeu enfatizando a relação com o Executivo e não falou sobre o Poder que integrou durante a maior parte da trajetória pública.

    Incomodado com decisões do Supremo, o Congresso tem procurado desde o ano passado avançar em pautas de enfrentamento a julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) ou em matérias que podem representar alterações no alcance de decisões de ministros e até duração de mandatos.

    O ex-juiz afirmou que nunca deixará de fazer oposição à Lula, mas que não irá alimentar uma “polarização irracional” e que votará com o governo quando houver possibilidade de convergir, citando como exemplo medidas em socorro ao Rio Grande do Sul. Moro defendeu deixar de lado o “espírito de revanchismo e a polarização exarcebada”.

    “Sou oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT, tendo outros candidatos à frente para buscar a presidência, como o governador Caiado (GO), talvez o governador Tarcísio (SP) e talvez o governador Romeu Zema (MG). Mas fato é que temos que diminuir a temperatura política”, disse ele.

    Relação com Bolsonaro

    O senador afirmou que não fala com Jair Bolsonaro (PL) “há um bom tempo” e relembrou que houve um pedido do ex-presidente da República ao PL para que houvesse desistência do recurso ao Tribunal Superior Eleitoral após a absolvição no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná – o partido de Bolsonaro foi um dos autores do pedido à Justiça Eleitoral que poderia cassar Moro.

    Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, Moro deixou o cargo fazendo acusações contra o ex-presidente, mas depois se reaproximou e inclusive integrou o palanque de Bolsonaro nas eleições de 2022.

    Moro atribuiu a insistência no recurso ao TSE a lideranças do PL no Paraná. Após a decisão da Corte eleitoral, o partido não deve recorrer ao STF.