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    Moraes: “Tivemos tentativa de golpe de Estado violentíssima”

    Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta quarta-feira (26) denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre tentativa de golpe após a eleição presidencial de 2022

    Alice Grothda CNN*Isabella Cavalcanteda CNN , em Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira (26), durante sessão de retomada do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que é necessário lembrar que houve tentativa de golpe de Estado, referindo-se aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

    “É bom lembrar que tivemos tentativa de golpe de Estado violentíssima. Fogo, destruição de patrimônio público, dano qualificado. Uma violência selvagem, incivilidade total, com pedido de intervenção militar no golpe de Estado”, afirmou. 

    A declaração ocorreu durante o seu voto no julgamento da denúncia da PGR na Primeira Turma do STF.

    Moraes também afirmou que é um “absurdo dizerem que não houve violência” e declarou haver “materialidade” comprovada sobre os crimes cometidos na ocasião, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.

    Relator do processo, o magistrado destacou a importância de que os atos do 8 de Janeiro sejam sempre recordados. “É muito importante nós relembrarmos sempre. Porque existe na ciência o que se chama viés de positividade. É comprovado que as pessoas, todos nós, até por uma autoproteção, nossos cérebros têm o viés de lembrar as notícias boas e esquecer as notícias ruins.”

    “Esse viés de positividade faz com que nós, aos poucos, relativizemos isso e esqueçamos que não houve um domingo no parque, como eu salientei nas primeiras condenações”, acrescentou.

    O ministro acrescentou que as pessoas têm a tendência de “ir esquecendo” das notícias ruins.

    “As pessoas de boa-fé que têm esse viés de positividade acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé, que, com notícias fraudulentas e com milícias digitais, passam a querer criar uma própria narrativa, como disse ontem, de velhinhas com a Bíblia na mão, de pessoas que estavam passeando, de pessoas que estavam passeando e foram lá passar um batonzinho na estátua”, finalizou.

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