Moraes tem “absoluto rigor ético” e Brasil deve muito ao ministro, diz Alckmin
Vice-presidente defendeu magistrado após reportagem que apontou que Moraes teria usado o TSE para investigar bolsonaristas
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quarta-feira(14), que “o Brasil deve muito” ao ministro do Supremo Tribunal Federal(STF) Alexandre de Moraes.
“Tem absoluto rigor ético, compromisso e o Brasil deve muito ao Alexandre de Moraes, a sua firmeza na condução do processo eleitoral”, disse Alckmin.
O vice-presidente saiu em defesa de Moraes após reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar, na terça-feira (13), que o ministro teria usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas. A declaração foi dada a jornalistas durante evento em Goiânia.
Alckmin relembrou a trajetória de Moraes como secretário da Justiça em São Paulo, secretário paulista da Segurança Pública e ministro da Justiça até chegar à Suprema Corte, indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), e teceu elogios ao ministro.
“Eu conheço o Alexandre de Moraes há décadas. Foi secretário da Justiça do estado de São Paulo. Aliás, ele era membro do Ministério Público naquela época e já dizia: ‘não pode, quem entrou depois da Constituição de 88, acumular [cargos]’, então ele pediu demissão”, disse Alckmin.
“Um rigor ético em cumprimento com a lei, absoluto, tanto é que havia uma dúvida e a dúvida ele afastou com a demissão do Ministério Público para assumir a Secretaria de Justiça do estado de São Paulo. Depoism foi meu secretário de Segurança Pública, brilhante secretário, e só saiu para ser ministro da Justiça e depois para o Supremo Tribunal Federal.
“Quero dar o testemunho: grande jurista, retidão e compromisso com a questão ética e legal”, afirmou.
Moraes: procedimentos foram oficiais, regulares e estão documentados
Em nota sobre o episódio, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao TSE. “Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.
“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, encerra o texto.