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    Moraes prorroga por 60 dias inquérito de Bolsonaro por associar vacina da Covid à Aids

    Declaração ocorreu em outubro do ano passado durante uma tranmissão ao vivo do presidente da República

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou, nesta segunda-feira (13), por mais 60 dias o inquérito do presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra Covid-19 com o risco de contrair o vírus HIV e desenvolver Aids.

    A medida aconteceu “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos solicitados pela Polícia Federal”.

    A declaração de Bolsonaro foi feita durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, no dia 21 de outubro. O YouTube, Facebook e Instagram excluíram o vídeo de suas plataformas.

    “Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados – quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, né, 15 dias depois, 15 dias após a segunda dose, totalmente vacinados – estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto, recomendo ler a matéria”, disse Bolsonaro reproduzindo trechos de uma notícia falsa que circulava na internet.

    Especialistas consultados pela CNN reforçam que a afirmação é falsa e que não existem evidências científicas na relação entre vacinas e a Aids.

    Na abertura do inquérito, feita após pedido da CPI da Pandemia, Moraes destacou que “não há dúvidas de que as condutas noticiadas do Presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra a Covid-19, utilizam-se do modus operadi do esquema de disseminação de massa nas redes sociais”.

    (*Com informações de Thais Arbex, da CNN)

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