Moraes prorroga inquérito das milícias digitais por mais seis meses
É a nona prorrogação da investigação que mira organização criminosa digital que atenta contra a democracia; apurações sobre golpe e venda de joias estão dentro do inquérito
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta sexta-feira (15) o inquérito das milícias digitais por mais 180 dias.
Essa é a décima prorrogação da investigação desde que foi instaurada, em julho de 2021.
O magistrado atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF), que solicitou mais prazo para continuar as apurações.
Na decisão, o ministro disse que há necessidade de continuidade das investigações e diligências pendentes.
O inquérito foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia.
A investigação tem como alvo uma série de autoridades e pessoas públicas que, por meio das redes sociais, se organizam para atacar as instituições democráticas.
Dentro desse inquérito foram abertas diversas apurações específicas. Entre os procedimentos estão aqueles que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados e apoiadores.
São investigados, por exemplo, os casos da suposta vendas de presentes dados por países estrangeiros, a suposta fraude em cartões de vacina e a tentativa de golpe de Estado.