Moraes ordena quebra de sigilos de Salles e afastamento de presidente do Ibama
PF realiza busca e apreensão em três endereços do ministro do Meio Ambiente
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou busca e apreensão em três endereços do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente: na casa dele em São Paulo, no apartamento funcional em Brasília, e em um gabinete da pasta no Pará. As medidas fazem parte da operação Akuanduba.
Ao todo, foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Pará.
Além disso, Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Ricardo Salles e de servidores do Ibama. O presidente do Instituto, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por ordem do ministro do STF. Procurador federal, Bim assumiu o cargo em 2019.
Outras nove pessoas, que ocupam cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente também foram afastadas das atividades.
A operação Akuanduba investiga, principalmente, o crime de facilitação de contrabando. Além deste, os delitos de corrupção, prevaricação e advocacia administrativa praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
Salles se pronuncia
O ministro do Meio-Ambiente, falou à imprensa no fim da manhã de quarta-feira sobre as investigações da Polícia Federal.
Salles afirmou ter sido surpreendido pela investigação e chamou-a de “exagerada” e “desnecessária”. Ele negou as acusações e declarou que “o Ministério do Meio-Ambiente, desde o início da gestão, atua sempre com bom senso, respeito às leis e respeito ao devido processo legal”, e que ainda não teve acesso ao inquérito.