Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moraes nega novo depoimento para militar investigado por golpismo

    Ronald Ferreira de Araújo Júnior foi convocado a depor à Polícia Federal (PF) no dia 22 de fevereiro junto com outros investigados, mas, na ocasião, permaneceu em silêncio

    Jussara SoaresLucas MendesGabriela Pradoda CNN , Brasília

    O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior para prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que apura suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

    O militar foi convocado a depor à PF no dia 22 de fevereiro junto com outros investigados, mas, na ocasião, permaneceu em silêncio. Araújo Júnior é amigo do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

    Em uma mudança de estratégia, a defesa já havia pedido à PF uma nova oitiva em 13 de março. Como não houve resposta, os advogados recorreram ao STF para que o militar pudesse prestar depoimento.

    Após ficar em silêncio, o militar decidiu que gostaria de falar à Polícia Federal para negar a participação na elaboração de uma minuta golpista.

    O pedido, porém, foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seu despacho, ele cita que, se houver necessidade, a PF marcará um novo depoimento.

    “A condução das investigações está sendo realizada pela digna autoridade policial e nada impede que, entendendo necessário, agende novo depoimento no curso das investigações. A análise da necessidade desse depoimento, portanto, deve ser definida pela Polícia Federal e não pelo investigado. Desse modo, indefiro o pedido”, diz a decisão.

    A defesa do tenente-coronel não pretende recorrer.

    Investigação

    Nas investigações, o tenente-coronel é apontado como uma das pessoas próximas ao ex-ajudante de ordens e também tenente-coronel Mauro Cid. Ele também teria participado da discussão sobre termos de uma minuta para um golpe de Estado.

    O advogado afirmou que o militar conhecia Mauro desde que cursaram juntos a escola militar e tinham uma relação de amizade, mas defendeu que de “maneira alguma ele participou de qualquer forma para alguma ação ou alguma ideia para atentar contra o Estado Democrático de Direito”.

    Tópicos