Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moraes mantém benefício da delação de Cid

    Tenente-coronel prestou depoimento por cerca de três horas ao magistrado no STF

    Jussara SoaresElijonas Maiada CNN , Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve os benefícios da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

    O STF informou que Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Cid ao considerar que o militar “esclareceu as omissões e contradições” apontadas pela Polícia Federal (PF). “As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes”.

    O tenente-coronel prestou depoimento ao magistrado nesta quinta-feira (21). Ele teve de explicar as contradições entre os depoimentos que já deu em sua colaboração premiada e as investigações da PF sobre os planos para matar autoridades, incluindo o próprio Moraes.

    A duração total da oitiva foi de três horas, começando por volta das 14h.

    Cid foi indiciado nesta quinta no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, em que Bolsonaro saiu derrotado.

    Plano de golpe

    Cid já prestou um depoimento por quase três horas à PF na terça-feira (19). Ele negou que tivesse conhecimento sobre o plano de assassinato das autoridades.

    Cinco pessoas foram presas pela PF sob suspeita de planejar a morte de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB) em  15 de dezembro de 2022:

    • Mário Fernandes, general;
    • Wladimir Matos Soares, policial federal;
    • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel;
    • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel;
    • e Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel.

    A ação faria parte da operacionalização de um golpe de Estado para impedir a posse de Lula em 1º de janeiro de 2023. Há menções a Cid no relatório da investigação do plano, feito pela PF.

    Os investigadores recuperaram dados apagados que apresentam indícios da participação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro no plano golpista.

    Mensagens de texto do tenente-coronel mostram Cid falando de planos golpistas. Em uma das mensagens, o militar afirma que Bolsonaro estaria sendo pressionado por deputados e parte do agronegócio para “tomar uma medida mais pesada utilizando as Forças [Armadas]”.

    Bolsonaro é indiciado pela terceira vez; saiba os inquéritos da PF

    Tópicos