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    Moraes defende que polícia tenha “armamento mais pesado” contra tráfico

    Ministros do STF debatem a chamada "ADPF das Favelas" e procuram formas de regular a letalidade das forças de segurança no Rio de Janeiro

    Isabella Cavalcanteda CNN , Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que as polícias possam utilizar o armamento “mais pesado possível” no combate ao crime organizado e às milícias no Rio de Janeiro.

    “Qualquer operação contra milícias, contra o tráfico de drogas, me parece óbvio que o que o armamento a ser utilizado é o armamento mais pesado possível que a polícia tenha. É impossível que daqui nós insinuemos à polícia que ela possa ingressar em operação contra o tráfico de drogas em que haja outra possibilidade sem armas letais”, afirmou, em sessão nesta quarta-feira (5).

    Os magistrados debatem a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas. A ação questiona o excesso de força utilizado pelas polícias do Rio durante as operações de segurança, especialmente nas comunidades.

    “A população nessas áreas é escravizada pelas milícias, se discordar ela é morta. É uma escravidão moderna, com uso de armas, ameaças, coação”, opinou o ministro.

    A relatoria do caso é de Edson Fachin, mas Moraes pediu vista.

    A expectativa é de que Fachin conclua seu voto nesta tarde e, a partir disso, os demais magistrados poderão fazer suas manifestações em outra data.

    O caso

    O julgamento parte de uma ação apresentada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Desde então, a Corte fez algumas determinações para reduzir a letalidade causada pela atuação policial, como uso de câmeras nas fardas e gravação de áudio e vídeo nas viaturas.

    Operações que precisem ocorrer perto de escolas, creches, hospitais e postos médicos deverão ser justificadas para o Ministério Público.

    A utilização de helicópteros para trabalhos nas comunidades precisa ter a necessidade comprovada por um relatório.

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