Moraes cobra novamente defesa de Daniel Silveira sobre uso de tornozeleira
No dia 8 de abril, o ministro já havia mandado a defesa de Daniel Silveira se manifestar sobre supostas ocorrências com a tornozeleira eletrônica do parlamentar
O ministro Alexandre de Moraes cobrou, nesta segunda-feira (19), esclarecimentos da defesa do deputado federal Daniel Silveira e também da Central de Monitoração Eletrônica após constatar divergências em informações enviadas à Corte sobre o uso do aparelho pelo parlamentar. Essa já é a segunda vez que o ministro cobra explicações dos advogados do parlamentar.
No dia 8 de abril, o ministro Alexandre de Moraes já havia mandado a defesa de Daniel Silveira se manifestar sobre supostas ocorrências com a tornozeleira eletrônica do parlamentar. Segundo o ministro, o parlamentar cometeu violações no período compreendido entre 29/3/2021 e 5/4/2021.
À corte, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro afirmou em relatório que não foram identificadas violações no monitoramento entre o fim de março e início de abril. Entretanto, de acordo com o ministro, documentos enviados mostram que houve irregularidades.
“Em datas distintas, fez-se menção a um ‘rompimento de cinta’ (31/3) e ‘fim de bateria’ (4/4), observações feitas no campo ‘data de violação’”, disse Alexandre.
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante pela Polícia Federal no dia 16 de fevereiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Silveira, que já é alvo do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, publicou um vídeo com ofensas, ameaças e pedido de fechamento do Supremo, segundo a decisão do ministro.
No dia 14 de março, Silveira foi solto para cumprir pena em casa, com tornozeleira eletrônica, após decisão do ministro. Moraes negou o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do parlamentar e estabeleceu uma série de restrições a Silveira.