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    Moraes brinca com “momento socialista do STF” depois de ser chamado de “o único comunista da Corte”

    Comentário foi feito durante descontração dos ministros no julgamento da correção do FGTS

    Da CNN , Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), brincou com o “momento socialista do STF” após ser chamado de “único comunista da Corte”.

    As declarações aconteceram nesta quarta-feira (12), durante o julgamento sobre a correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

    “Aproveitando, ministro [Edson] Fachin, esse momento socialista do plenário, eu, depois de muito tempo sendo chamado de o único comunista desta Suprema Corte, hoje me sinto reconfortado com o momento socialista da Suprema Corte”, afirmou Moraes enquanto proclamava seu voto.

    A fala de Moraes gerou, na sequência, um momento de descontração no julgamento. Outros ministros entraram no clima da brincadeira e afirmaram:

    • Edson Fachin: “Se Vossa Excelência me permite, estamos aqui vendo e ouvindo padres em diferentes papéis invertidos rezarem missas inusitadas.”
    • Flávio Dino: “Eu continuo na ideologia da libertação.”
    • Alexandre de Moraes: “Ministro Fachin, para que seja feita a questão isonômica, padres e pastores, para que não deixemos ninguém de fora.”
    • Flávio Dino: “Há os rabinos também, excelência.”
    • Luís Roberto Barroso: “Aqui tem padre, pastor, rabino, mas ninguém é santo.”

    Resultado do Julgamento

    O STF decidiu que a correção das contas do FGTS deve garantir, pelo menos, a reposição da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

    A posição aumenta a atual remuneração das contas de cada trabalhador vinculadas ao fundo. A maioria dos ministros entendeu que essa mudança deve valer daqui para frente.

    A decisão será aplicada ao saldo existente na conta a partir da data de publicação da ata do julgamento, que deve ocorrer nos próximos dias.

    A definição do julgamento foi feita pela proposta intermediária, apresentada pelo ministro Flávio Dino. O voto do ministro acolheu a proposta feita pelo governo federal. Seguiram seu entendimento: Cármen Lúcia e Luiz Fux.

    Relator do caso, Barroso, presidente do Supremo, votou para que a correção das contas fosse pelo menos igual ao rendimento da poupança. Seguiram sua posição Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin.

    Votaram para rejeitar a ação os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

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