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    Molica: PEC dos Combustíveis pode criar dívida de R$ 54 bilhões para população

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (4), o comentarista Fernando Molica analisa a apresentação da PEC dos Combustíveis na Câmara dos Deputados

    Da CNN

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (4), o comentarista Fernando Molica analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo deputado Christino Áureo (PP-RJ), que permite à União, aos estados e aos municípios reduzirem parcialmente ou até zerarem impostos sobre os combustíveis e o gás de cozinha até 2023, sem necessidade de compensação.

    No projeto, o deputado prevê que a redução de alíquota “repercutirá nos dois próximos anos, mas contribuirá para maior celeridade no processo de recuperação do poder de compra das famílias e retomada da atividade econômica”.

    Para Molica, mesmo com a aprovação da PEC, a população irá arcar com o alto valor da gasolina. “De um jeito ou de outro, vamos pagar pelo combustível, ou na bomba, ou ficaremos com uma dívida que pagaremos depois”, disse. 

    “Esse dinheiro que deixará de ser arrecadado, que pode chegar a R$ 54 bilhões, o governo vai precisar dele. E nós damos o dinheiro, então quem vai pagar é a população, não tem muita saída“, completou.

    “Politicamente se buscam alternativas mais razoáveis, que doerão menos no bolso. Já tivemos no Brasil iniciativas para reduzir impostos, mas isso não chegou na mesma proporção para o consumidor. É preciso ir com cuidado nessa história toda.”

    Molica destacou também a ausência da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na história dos combustíveis.

    Paulo Guedes vai ficando apenas com o discurso, como o que sempre fez, de criticar políticas econômicas. E agora ele critica as políticas econômicas do governo da qual ele faz parte. É um ‘7 a 1’ do Centrão no Paulo Guedes“, disse, em referência ao resultado da histórica derrota do Brasil para a Alemanha na Copa de 2014.

    A situação entre a gasolina e o etanol também foi analisada por Molica, que avaliou que a aprovação da PEC pode trazer um desequilíbrio no mercado do produto no país.

    A PEC traz outros problemas. Se você derrubar o preço dos combustíveis, os impostos dos combustíveis, isso vai gerar queda no preço da gasolina, do diesel, do gás de cozinha. Mas os impostos hoje sobre a gasolina são muito maiores do que sobre o etanol. O preço da gasolina cairia muito mais que o etanol, e isso vai arrebentar de vez com o mercado do etanol no Brasil. Isso tem que ser levado em conta“, ressaltou.

    Candidatura de Sergio Moro 

    Em entrevista à CNN, a deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, afirmou que o partido, que conta com a pré-candidatura do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, vem conversando com legendas que não possuem candidatura própria e não querem estar “entre Lula e Bolsonaro”. 

    Abreu também falou sobre uma eventual saída de Moro para o União Brasil, partido em formação entre o PSL e o DEM, não descartando a mudança. 

    “Nós, dirigentes partidários e candidatos, precisamos, em um momento tão peculiar da história do nosso país, ter desprendimento. Então, se essa fosse a condição… não é uma convergência de opinião no União Brasil, nós estaríamos dispostos, sim, a fazer uma aliança em prol de um projeto ainda mais competitivo para o nosso país”, disse.

    Política de preços da Petrobras

    O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, defendeu que a estatal mantenha a política de preço de mercado nos combustíveis. Segundo ele, “segurar os valores” poderia impactar o abastecimento do setor, que ainda depende da importação do petróleo.

    “Sabemos o prejuízo que é tentar segurar preço de forma artificial. Vamos perder muitos investimentos e importação de diesel, gás, petróleo. Se não houver preço competitivo, não há como suprir esse mercado”, declarou.

    Privatização da Petrobras

    Em entrevista ao âncora da CNN William Waack na quinta-feira (3), o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, João Doria, disse que, se eleito, irá privatizar a Petrobras. 

    “Não faz sentido mais o Brasil ter o monopólio do petróleo com uma estatal. Colocá-la, sim, no mercado, não para termos um monopólio privado, mas uma empresa que nessa modelagem provavelmente vai gerar três ou quatro empresas, que estas refinarias serão vendidas também e a Petrobras terá competição”, afirmou. 

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.