Ministros do TSE definem nesta segunda (2) como reagir aos ataques de Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral quer reagir de maneira efetiva para marcar posição diferente de Luiz Fux sobre os ataques do presidente ao sistema eleitoral
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem até o final desta segunda-feira (2) para explicar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as acusações de fraudes nas urnas eleitorais. O pedido foi feito após o presidente alegar, sem provas, que as eleições presidenciais de 2014 e 2018 tiveram fraudes. Caso a resposta não chegue, ministros do TSE planejam reagir às acusações infundadas de Bolsonaro. As informações são da âncora da Daniela Lima.
O TSE retorna do recesso de meio de ano nesta terça-feira (3). Um dia antes da volta, os ministros da corte vão se reunir para definir como vão reagir à resposta ou não que foram solicitadas por Bolsonaro.
O tribunal eleitoral quer reagir de maneira efetiva para marcar posição diferente de Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, que na volta do recesso fez um discurso de defesa da democracia entendido como “tímido” para integrantes do TSE.
Para marcar posição, o tribunal pode aprovar uma representação para que o ataque de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas passe a ser investigado pelo STF dentro do inquérito das fake news.
Ministros do TSE dizem que estão em uma “sinuca de bico”, porque, segundo eles, a atuação do presidente do STF é tímida, assim como as ações do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Augusto Aras.
(publicado por Fernanda Colavitti)