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    Ministro de Direitos Humanos chama Bolsonaro de “ditador” e defende punição de autores de plano golpista

    A manifestação vem após a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e auxiliares de seu governo

    Almeida relembra detalhes da ditadura militar e ressalta que a ação das instituições contra organizadores e executores do 8 de janeiro livrou o Brasil de um "pesadelo"
    Almeida relembra detalhes da ditadura militar e ressalta que a ação das instituições contra organizadores e executores do 8 de janeiro livrou o Brasil de um "pesadelo" MDHC/Divulgação

    Basília Rodriguesda CNN

    Brasília

    O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, defendeu nesta sexta-feira (9) a “punição exemplar” de todos responsáveis do que ele chamou de “trama sórdida”, ao se referir aos ataques criminosos de 8 de janeiro.

    Almeida usa a palavra “ditador” para se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o ministro, “todo golpista é um potencial violador de direitos humanos” e os últimos acontecimentos “comprovam isso à exaustão”.

    “Restou comprovada a tentativa de golpe de Estado que pretendia fazer um ditador do Brasil um homem que tem como ídolo declarado um dos mais notórios torturadores de nossa história. É preciso que seja dito e repetido: quem deu qualquer espécie de contribuição para o golpe que estava sendo urdido queria entregar todo o poder a um apoiador aberto e declarado da tortura”, afirma o ministro.

    A manifestação vem após a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e auxiliares de seu governo.

    Dessa etapa da investigação, veio a divulgação do vídeo de uma reunião ministerial com Bolsonaro, em julho do ano passado, em que o ex-presidente reivindica a necessidade de que algo seja feito antes das eleições de 2022 resultarem na vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

    Almeida relembra detalhes da ditadura militar e ressalta que a ação das instituições contra organizadores e executores do 8 de janeiro livrou o Brasil de um “pesadelo”.

    “Os golpistas não só tentaram abolir violentamente o Estado de direito, mas desejaram, ou assumiram conscientemente, a possibilidade do Brasil voltar a ter porões nos quais brasileiros e brasileiras sofreriam as mais horrendas sevícias praticadas por agentes do Estado”, observa.

    “Foi deste pesadelo que a ação decidida das instituições brasileiras nos livrou. Mas só estaremos livres destes espectros quando, ao final do devido processo legal, todos os responsáveis por esta trama sórdida tenha sido revelados e exemplarmente punidos”, conclui.