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    Ministério da Saúde defende isolamento nas redes, mas depois apaga post

    Depois de apoiar o distanciamento, governo volta atrás e propõe que apenas idosos e pessoas do grupo de risco evitem contato com o público

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

     

    O Ministério da Saúde defendeu nesta quarta-feira (18), em publicação nas redes sociais, discurso contrário ao que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem adotando a respeito da pandemia do novo coronavírus.

    Em resposta a uma seguidora, o governo federal respondeu — e depois apagou — uma mensagem que dizia que não havia nenhum remédio que possa prevenir ou tratar a Covid-19 e também que “a nossa maior ação contra o vírus é o isolamento social”.

    Ministério da Saúde, publicação sobre isolamento social
    Mensagem publicada pelo Ministério da Saúde nas redes sociais, posteriormente apagada
    Foto: Reprodução/Twitter

    O presidente rejeita a adoção ampla do isolamento como estratégia de contenção do novo coronavírus. Bolsonaro também defende que há medicações com indícios que julga suficientes para serem adotadas no tratamento, como a hidroxicloroquina.

    A mensagem foi posteriormente apagada. Em resposta à mesma usuária, o perfil oficial do governo justificou que a publicação foi retirada do ar por “informações equivocadas”. “Pedimos desculpas por apagar o tweet anterior, mas havia informações equivocadas as quais esclareceremos em seguida”, escreveu o Ministério da Saúde.

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    A última versão publicada nas redes foi mais alinhada ao discurso do presidente. Na nova sequência de mensagens, o Ministério da Saúde diz que “as pessoas que estão fora do grupo de risco e as crianças devem continuar suas atividades normais, com os cuidados recomendados pelos protocolos”.

    “As pessoas que estão no grupo de risco e os idosos devem se precaver e evitar o contato com o público”, escreveu o governo. Sem tratar da parte da publicação original que diz que não há remédio ou vacina eficaz contra a Covid-19, o Ministério apenas recomenda que os pacientes utilizem os medicamentos receitados e busquem tratamento precoce.

    “A utilização dos medicamentos prescritos pelo médico, com a concordância do paciente, deve ocorrer de imediato”, escreveu o governo.

    O Ministério da Saúde divulgou nota na noite desta quarta-feira (18). De acordo com o posicionamento oficial, a publicação foi “um erro humano que já foi corrigido”.

    “A pasta reforça a importância do atendimento precoce contra a Covid-19 e medidas de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e de máscaras, até que seja encontrada uma solução efetiva para atender a população e evitar o risco de contágio”, diz a nota oficial, sem citar o distanciamento social.

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