Mesa da Câmara estuda modelo híbrido de votação durante a pandemia
A ideia será debatida na tarde de hoje no colégio de líderes
Na primeira reunião após a eleição de sua nova composição, a Mesa Diretora da Câmara discutiu nesta quinta-feira (4) a possibilidade de adotar um modelo híbrido de deliberação na Casa em que deputados que não estejam no grupo de risco para a Covid-19 teriam que comparecer presencialmente nas sessões deliberativas.
Segundo o primeiro secretário da Mesa, Luciano Bivar (PSL-PE), no entanto, o colegiado ainda aguarda resultado de estudos sobre esse formato híbrido, no qual deputados do grupo de risco poderiam votar remotamente. A ideia será debatida na tarde de hoje no colégio de líderes.
Também seriam criadas regras para presença limitada de representantes dos partidos no plenário para evitar aglomeração como a presenciada durante a eleição para a presidência da Câmara na segunda-feira (1º).
Durante o revezamento no plenário, deputados fora do plenário poderiam votar nos gabinetes.
A mudança no modelo de votação foi promessa de campanha do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que ouviu reclamações dos deputados sobre as limitações do sistema remoto, pois somente lideranças partidárias conseguem falar para orientar a votação das bancadas.
Lira também se comprometeu a retomar as comissões, e a Mesa estuda maneiras de fazer sessões remotas, caso o sistema híbrido não seja implementado.
Desde março de 2020, por causa da pandemia de Covid-19, as sessões de plenário para análise de matérias têm sido remotas e todas as comissões foram suspensas. O ex-presidente Rodrigo Maia (DEM) chegou a cogitar retomar algumas comissões, mas não avançou.