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    Mendonça mantém condenações de Palocci; voto de Nunes Marques será decisivo

    Placar na Segunda Turma do STF está empatado em 2 x 2; julgamento termina hoje

    Isabella Cavalcanteda CNN , Brasília

    O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor do recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a decisão do ministro Dias Toffoli, que havia anulado todas as ações penais contra o ex-ministro Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava Jato.

    Com o voto de Mendonça, o placar está empatado: dois ministros se manifestaram a favor do recurso — Mendonça e Edson Fachin — e dois contra — Gilmar Mendes e o próprio Toffoli.

    A defesa de Palocci recorreu ao STF para obter o mesmo tratamento dado a Marcelo Odebrecht, em decisão proferida em maio de 2024. Na ocasião, Toffoli considerou que houve um “conluio” entre integrantes da Lava Jato para ignorar o devido processo legal e o princípio da ampla defesa.

    Mendonça, em seu voto, considerou o recurso da PGR “absolutamente imparcial à lei e aos ritos sob a justificativa de atuação em defesa de um bem maior”.

    Nunes Marques tem até a noite desta sexta-feira para registrar seu voto no plenário virtual. O ministro pode ainda vista (mais tempo para análise) ou destaque (o que levaria o caso ao plenário físico do STF).

    No formato on-line não há discussão, apenas apresentação de votos no sistema eletrônico do Supremo.

    Se desejarem, os ministros podem anexar explicações e os embasamentos de seus pareceres.

    Toffoli e Gilmar

    Toffoli, relator do caso, foi o primeiro a votar contra o recurso da procuradoria, seguido por Gilmar. Ambos defenderam a existência do conluio entre os procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, que conduzia os casos na 13ª Vara Federal de Curitiba.

    O relator, em voto, expôs diálogos entre Deltan Dallagnol, na época procurador, e Moro. Diante das conversas, o ministro disse: “fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar”.

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