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    MDB reclama e Palácio do Planalto avisa que ainda não decidiu futuro de vice-presidências da Caixa

    Partido, que tem três ministérios, quer ser ouvido antes da definição; há um temor de que se o Centrão assumir vice de Habitação possa esvaziar Ministério das Cidades

    Larissa Rodriguesda CNN

    Uma ala do MDB tem reclamado da possibilidade de mudança na vice-presidência de Habitação da Caixa Econômica Federal. Isso porque, para fazer do Centrão base de apoio do governo no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto além de entregar dois ministérios aos partidos, prometeu o comando do banco ao PP, que quer ainda as vice-presidências da estatal.

    A legenda do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem dito que pretende dividir as 12 vice-presidências da Caixa entre os demais partidos de Centro. Entre elas, a vice de Habitação, hoje sob o comando da petista e ex-ministra das Cidades do governo de Dilma Rousseff, Inês Magalhães. Cabe a essa vice-presidência administrar os recursos do programa Minha Casa, Minha Vida.

    E essa é a grande preocupação do MDB. O partido, que atualmente comanda três ministérios, entre eles o das Cidades, com Jader Filho, teme perder a influência na vice-presidência de Habitação e ter a liberação dos recursos para o Minha Casa, Minha vida, dificultada se ocorrer a troca de comando.

    Além disso, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, os emedebistas reclamaram que as conversas sobre as possibilidades de mudanças na Caixa estavam ocorrendo entre Planalto e o Centrão sem nem mesmo consultar os caciques da legenda.

    Nos últimos dias, ministros palacianos responderam às críticas e mandaram um recado ao MDB: Lula ainda não decidiu o que fará com a vice-presidência de Habitação da Caixa Econômica Federal, mas que era preciso ter calma. O recado animou os emedebistas que agora apostam que Inês Magalhães não perderá o cargo.

    Em nota, o MDB afirma que considera “fundamental a formação de uma base de sustentação robusta, com mais partidos, para garantir a aprovação de matérias como a PEC da Reforma Tributária – essa, sim, uma prioridade da direção da sigla”.

    Ressalta, no entanto, que a legenda “não se envolveu e não se envolverá em discussão de posições e cargos de outras legendas”.

    Veja também: Lira não quer nomes ligados ao PT na cúpula da Caixa

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