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    Mauro Cid chega à Polícia do Exército, onde ficará preso em Brasília

    Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teve novo mandado de prisão expedido pelo STF nesta sexta-feira (22)

    Mauro Cid deixa o prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília
    Mauro Cid deixa o prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília 22/03/2024 - Pedro Teixeira/CNN

    Jussara SoaresPedro Teixeirada CNN*

    Brasília

    O tenente-coronel Mauro Cid chegou, no final da tarde desta sexta-feira (22), na Polícia do Exército, em Brasília, onde ficará preso.

    Cid havia deixado, por volta das 17h, a Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital federal. Em nota, a PF disse que Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística da instituição.

    O militar foi preso novamente nesta sexta-feira (22) após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre áudios vazados em que ele critica o ministro Alexandre de Moraes e a PF. A ordem de prisão foi do STF.

     

    Segundo apurou a CNN, após a decisão de prisão do militar, Cid teve tontura, desmaiou e foi atendido por uma equipe médica da Suprema Corte.

    Após o término da audiência de confirmação dos termos da colaboração premida, que durou cerca de uma hora e meia, foi expedido o mandado de prisão preventiva, expedido por Moraes, por descumprimento das medidas cautelares e por obstrução de Justiça. Cid estava solto desde setembro de 2023, depois de ficar quase quatro meses na prisão.

    A PF também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Cid. A rua da residência dele foi isolada para o cumprimento do mandado. O celular da esposa do ex-ajudante de ordens, Gabriela Cid, foi apreendido pela PF.

    Segundo a nota da PF, “a conduta do preso caracteriza, ainda, o descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão impostas no processo criminal em curso”.

    “Queriam que eu falasse coisa que eu não sei”

    Os áudios, que foram publicados pela revista “Veja”, indicam que Mauro Cid teria afirmado a um interlocutor que os policiais, ao interrogá-lo, queriam que ele falasse coisas que não aconteceram.

    “Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”, teria dito Mauro Cid em uma mensagem de áudio enviada, segundo a revista, a um amigo.

    A conversa, afirma a revista, teria durado mais de uma hora. “Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu?”, teria dito o militar ao amigo.

    “Sentença pronta”

    Sobre Alexandre de Moraes, a “Veja” informou que Cid fez uma série de considerações sobre a condução do processo. “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, teria afirmado.

    Os áudios teriam sido gravados após o último depoimento de Cid à PF, em 11 de março.

    Cid é considerado uma das principais peças da apuração sobre a possível tentativa de golpe encabeçada por Bolsonaro, integrantes de seu governo e aliados. O STF homologou o acordo de delação do ex-ajudante de ordens em 9 de setembro de 2023.

    Como a delação está em andamento, o STF mantém sob sigilo o acordo. Cid já prestou sete depoimentos à PF. O último durou aproximadamente oito horas.

    *Com informações de Gustavo Uribe

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