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    Mauro Cid prestará novo depoimento até o final de março, segundo agentes da investigação

    Caso fique comprovado que ex-ajudante de ordens omitiu informações, investigadores não descartam a possibilidade de o acordo de delação premiada ser cancelado

    Jussara SoaresGustavo Uribeda CNN , Brasília

    A Polícia Federal apura se o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), omitiu informações no rastro do acordo de delação premiada referendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    A desconfiança é sobre trocas de mensagens, obtidas pelos agentes da investigação, que não foram apresentadas por Cid.

    Por isso, a Polícia Federal (PF) marcará um novo depoimento de Cid até o final de março. O objetivo é que ele explique uma eventual omissão de informação.

    Além disso, preencha lacunas que ainda estão abertas na investigação contra o ex-presidente. O objetivo da Polícia Federal é encerrar a apuração ainda neste ano.

    Caso seja verificado que Cid omitiu informações, agentes da investigação não descartam a possibilidade de o acordo de delação premiada ser cancelado.

    Nessa hipótese, eventuais benefícios penais serão cancelados e o ex-ajudante de ordens pode, inclusive, voltar a cumprir prisão preventiva.

    A Polícia Federal também pretende, até o final de março, marcar depoimento de Bolsonaro, para que ele esclareça o conteúdo do vídeo obtido pela força policial.

    A CNN apurou ainda que Cid acessou a íntegra do vídeo da reunião do dia 5 de julho de 2022 após a deflagração da Operação Tempus Veritati, na quinta-feira (8).

    Embora tenha tido o computador apreendido pela Polícia Federal, o acesso feito pela nuvem que armazena conteúdos, segundo pessoas próximas ao militar.