Mauro Cid já sabia dos ataques quatro dias antes do 8 de Janeiro, diz PGR
Em conversa com militar, Mauro Cid disse que algo "bom" estava para acontecer


Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tinha ciência dos ataques que ocorreriam contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
A conclusão manifestada em denúncia pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, se deu por mensagem enviada quatro dias dos ataques, em 4 de janeiro, por Mauro Cid em conversa com o também militar Sérgio Cavalieri.
“Ainda tem algo para acontecer?”, indagou Cavalieri em mensagem a Cid, que respondeu com duas mensagens, mas acabou excluindo-as na sequência, segundo a denúncia.
Cavalieri, ainda assim, perguntou: “Coisa boa ou coisa horrível?”. Cid respondeu: “Bom”, emendando uma ponderação: “Depende para quem. Para o Brasil é boa”.
“A fala de Mauro Cid no dia 4.1.2023 confirma que a organização criminosa tinha pleno controle sobre as manifestações antidemocráticas espalhadas pelo país”, argumentou Gonet.
Texto em atualização