Marta e Nunes selam “pacto de não-agressão”, segundo fontes
Na derradeira conversa que tiveram ontem (9), ex-prefeita garantiu ao prefeito que não vai atacá-lo durante a campanha e ouviu que ele também não pretende subir o tom em relação a ela
Na derradeira conversa que Ricardo Nunes e Marta Suplicy tiveram ontem (9) na prefeitura, a ex-prefeita garantiu ao prefeito que não vai atacá-lo durante a campanha e ouviu que ele também não pretende subir o tom em relação a ela. Selou-se assim um pacto de não agressão, segundo relatos.
Na primeira entrevista que concedeu após a reunião na manhã desta quarta-feira (10) Nunes moderou o tom.
Ao ser questionado pelos jornalistas se considerava uma “traição” a aliança de Boulos e Marta, respondeu: “Não, não. A palavra é muito forte, eu não atribuiria uma palavra dessas à prefeita Marta. Ela tem o seu trabalho, tem a sua história”.
Os estrategistas de Nunes também decidiram poupar a ex-prefeita nas redes sociais e minimizaram a chapa Boulos-Marta. Na prática, entretanto, os dois lados sobem o tom nos bastidores.
Em reservado, aliados do prefeito dizem que o tom pode mudar quando a campanha começar de fato.
Do lado da campanha do PSOL, a ideia é que Marta não faça nenhum tipo de agressão explícita ao prefeito.
Mas sua saída será sempre justificada pela associação de Nunes com o bolsonarismo. Mais do que isso, diz um interlocutor, Marta tem profundo conhecimento da administração de Nunes e poderá subsidiar a campanha com informações estratégicas. E é Boulos, lembram, quem terá a tarefa de polarizar com o prefeito.