Marcos Rogério diz que relatório da CPI da Pandemia sem estados não é completo
Para o senador, documento deve considerar todos os aspectos envolvidos: o que aconteceu não só no Ministério da Saúde, mas nos estados e municípios
Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (11), o senador Marcos Rogério (DEM-RO), integrante da CPI da Pandemia, falou sobre os relatórios que serão feitos pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), e outro pela ala governista. Segundo ele, o documento feito por aliados do governo e independentes será “robusto” e “levará em conta todos os aspectos envolvidos”.
“Os trabalhos da CPI estão avançando. Há um foco muito determinado na investigação em torno do Ministério da Saúde, das políticas públicas encampadas pelo ministério e pelo governo federal, sem ampliar o olhar para o que aconteceu nos estados e municípios”, disse ele.
“Desde o início, eu, os senadores que são aliados do governo e também os independentes temos insistido que a CPI deve cumprir sua missão integralmente: investigar o governo federal, mas também o que aconteceu nos estados e municípios”, acrescentou.

Portanto, afirmou o senador, qualquer relatório que não contemple esses aspectos, “não vai fazer jus à proposição inicial”.
“Então, em linhas gerais, o que posso dizer, é que o relatório será robusto, e levará em consideração todos os aspectos envolvidos: o que aconteceu não só no Ministério da Saúde, mas nos estados e municípios.”
Prevaricação
Sobre um suposto crime de prevaricação feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso da compra da vacina Covaxin, da Índia, o senador do DEM acredita que houve uma “precipitação de tentar enquadrar o presidente”.
“Esse é um crime que só tem condições de ser identificado se a conduta inicialmente informada for criminosa. Se você não fez a investigação para apurar se a conduta informada trata-se de um crime, logo o crime de prevaricação não existe. Nesse caso, eu acho que houve uma precipitação de tentar enquadrar o presidente por prevaricação sem fazer a apuração de que aquele caso envolvendo a Precisa, o laboratório Bharat BioNTech, se tratava realmente de uma negociação criminosa.”