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    Marco Aurélio adia aposentadoria para 12 de julho

    Decano quer diminuir o número de processos que ficarão no gabinete

    Gabriela Coelho e Leonardo Lellis, da CNN, em Brasília e São Paulo

    O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, informou ao presidente da corte, Luiz Fux, que vai ficar mais alguns dias no cargo, até 12 de julho, quando completa 75 anos — idade limite para permanecer no serviço público.

    Nomeado em 1990 pelo então presidente Fernando Collor de Mello, o ministro completou 31 anos de atuação na corte.

    O decano chegou a anunciar que anteciparia sua aposentadoria para 5 de julho, sete dias antes da saída compulsória. Mas ele quer aproveitar os últimos dias para diminuir o número de processos que ficarão em seu gabinete.

    A nomeação de ministro do Supremo Tribunal Federal é uma prerrogativa do Presidente da República, após aprovação do Senado Federal. Quem assumir o posto herdará os processos do gabinete do ministro. Os mais cotados para a vaga são o André Mendonça, advogado-geral da União, e Augusto Aras, procurador-geral da República.

    O STF é composto por 11 ministros. Para integrar a principal corte do país é preciso ser um cidadão brasileiro, ter mais de 35 anos e menos de 65 anos, notório saber jurídico e reputação ilibada, sem qualquer acusação ou suspeita.

    Após indicação da Presidência da República, o nome passa por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, composta por 27 parlamentares.

    Depois disso, ocorre uma votação secreta e a indicação precisa ser aprovada pela maioria simples (metade + 1) do grupo.

    Em seguida, se aprovado o nome, o processo passa para o Plenário do Senado, que tem 81 membros.

    Para ser aprovada, a indicação precisa de ao menos 41 votos. Aqui a votação também é secreta. Após a aprovação do Senado, o chefe do Executivo deve nomeá-lo

     

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