Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato do Rio de Janeiro, entra na mira do STF
Após anular decisões proferidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o STF mira o juiz Marcelo Bretas
O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, na terça-feira (7), as decisões proferidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, do juiz Marcelo Bretas, contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e outros condenados no bojo da Operação Fratura Exposta. Ministros ouvidos pela âncora da CNN Daniela Lima disseram que o juiz terá “um destino mais sofrido”, após as acusações de réus da operação contra a conduta de Bretas.
Ocorre que a maioria da 2ª Turma do STF decidiu que o juiz Marcelo Bretas não era competente para analisar aquele caso específico. A Corte não anulou as provas como foi feito em outros casos, apenas enviou para a justiça estadual a competência para decidir se serão aproveitados os materiais já coletados pelo juiz.
Esse movimento feito pelo Supremo ocorre após o desmantelamento da Lava Jato e com os ex-integrantes já atuando na política com lançamento de candidaturas para as eleições de 2022.
Bretas concentra declarações de réus da Lava Jato que acusam o juiz de ter mantido relações impróprias com um advogado que se tornou uma importante figura nas delações da Lava Jato no Rio de Janeiro. Tais declarações já estão com os ministros da Corte.
O sinal é de que Bretas entra na mira do STF podendo ter incorrido em erros graves. Segundo um ministro do Supremo, o legado de Bretas, com base nas descobertas, “não tem salvação”.