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    Mandetta sugere a prefeitos que adiem as eleições municipais

    A gente precisa ter calma e entender o que é o essencial, diz o ministro da Saúde

    Natália Andre, Caio Junqueira e Basília Rodrigues , Da CNN, em Brasília

    Em conversa com a CNN na porta do Ministério da Saúde depois de se reunir com prefeitos de estados brasileiros, Luiz Henrique Mandetta afirmou que sugeriu o adiamento das eleições municipais para que prefeitos parem de declarar medidas puramente para chamarem a atenção e ganharem votos.

    “Tem gente fechando tudo: banco, transporte. Como chegam os seguranças nos hospitais? E se estoura um cano na UTI? Quem vai consertar se não tem ônibus? Se tudo parou? A gente precisa de calma! Precisa entender o que é o essencial”.

    O prefeito de Campinas e da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette, confirmou à CNN que o ministro fez a sugestão. “Ele fez essa sugestão. Disse que não era possível fazer campanha, que a epidemia podia ter uma exploração política e não técnica”, afirmou.

    De acordo com ele, ao levantar essa ideia, o próprio Donizette o interrompeu. “Eu falei que não era o assunto da reunião e mudamos de assunto”, declarou.  

    Donizette disse que participaram do encontro a ampla maioria dos prefeitos, que apresentaram dois documentos com reivindicações. A ideia central das reivindicações é concentrar os recursos em 50 municípios do país. “Isso porque as pessoas que estão em cidades pequenas buscarão atendimento nas grandes cidades.” 

    A reunião teve início às 9h e se estendeu até as 13 horas. Bolsonaro ficou nas duas primeiras horas. Fez uma fala incicial pedindo que não houvesse pânico. Segundo Donizette, neste momento ele mesmo advertiu o presidente para reavaliar essa estratégia de comunicação coma  população. “Falei para ele reavaliar isso de menosprezar a gravidade da situação, que não dava para ficar menosprezando”.

    Nesta semana, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, também defendeu à CNN o adiamento. 

    Apesar da Constituição prevê que as eleições em outubro, parlamentares defendem que o adiamento não dependa de uma emenda constitucional mas de um projeto de lei. Apoiadores da ideia planejam apresentar uma consulta ao Congresso e à justiça eleitoral sobre como a modificação deve ser feita.

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