Maia nega atrito com Senado: ‘População brasileira sairia perdendo nesse embate’
Presidente da Câmara dos Deputados falou sobre orçamento para ajudar estados e municípios brasileiros contra Covid-19


Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (6), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não há conflitos entre ele e o Senado. O deputado afirmou que nunca houve um embate sobre qual a melhor versão do texto do projeto de ajuda aos estados e municípios durante a crise gerada pela pandemia de coronavírus.
“Você não vai conseguir me separar do meu grande amigo Davi Alcolumbre, não estava em vista qual o melhor texto. No ponto de vista da Câmara, era o da Câmara, e no ponto de vista do Senado, era o do Senado. Se nós travássemos o embate sobre vitoriosos, o grande perdedor seria a população brasileira. Os recursos iam demorar 30 dias para chegar nos estados, e não 15 dias, como a gente está projetando. Não vou entrar nesse conflito e nessa disputa”, afirmou.
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“O que nós queremos e aconteceu foi garantir recursos emergenciais para estados e municípios. Foi uma grande vitória do Parlamento, da Câmara e do Senado. Em relação ao valor, tivemos 100% de convergência, por um período de quatro meses, e tivemos uma divergência na forma de distribuição. Entendemos que era melhor usar o texto do senado, do que fazer um ping-pong de textos”, acrescentou Maia.
O presidente da Câmara afirmou que não considera como articulação a presença de uma base do governo na Casa. “Não misturo as coisas, se um partido quer participar do governo, é um direito democrático dele, isso não muda minha relação com partidos nem com governo, é legítimo, um direito do governo montar essa base. Não vejo como articulação, o governo ter uma base muitas vezes facilita o meu trabalho. A partir desse momento, o que vocês sempre colocavam sobre minha responsabilidade agora essa base responde. Não vejo como uma tentativa do governo, até porque o governo sabe muito bem que quem pauta é o senado. A força do presidente das duas Casas é uma força que está clara”, finalizou.