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    COP27

    Lula volta aos holofotes internacionais com muitas promessas na COP27

    Presidente eleito atraiu manchetes na mídia global ao dizer que Brasil pode zerar desmatamento na Amazônia

    Américo MartinsMathias Broteroda CNN

    em Sharm el-Sheik, no Egito

    O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou ao palco das negociações internacionais fazendo várias promessas durante sua visita à COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito.

    Ao longo de três dias, Lula disse o que o mundo queria ouvir sobre mudanças nas políticas ambientais do país, especialmente sobre a preservação da Amazônia, e declarou para uma plateia totalmente aliada que “o Brasil voltou”.

    A frase de impacto, na verdade um plágio da declaração do presidente americano Joe Biden que também afirmou logo que assumiu que a “América está de volta”, ganhou as manchetes de várias publicações do mundo. Era o que Lula tinha planejado.

    Em seu principal discurso, o petista fez a ousada promessa de chegar ao desmatamento zero em todos os biomas brasileiros até 2030. Não se sabe se essa meta é realmente factível, num momento em que a destruição da floresta amazônica, por exemplo, vem aumentando.

    O presidente eleito não disse como pretende atingir esse difícil objetivo e não detalhou que políticas específicas vai implementar depois de assumir, no dia 1º de janeiro – mas isso não ganhou destaque na imprensa internacional.

    Do ponto de vista das relações diplomáticas e também de marketing internacional, a visita do presidente eleito à Cúpula do Clima da ONU teve os efeitos que o petista buscava.

    O foco dos discursos de Lula foi prometer ao mundo que ele elevará à prioridade máxima a preservação ambiental. O presidente eleito reforçou temas que pautaram sua campanha, como a criação do Ministério dos Povos Originários, além da política de desmatamento zero.

    Lula também aproveitou os holofotes da mídia nacional e internacional para criticar o governo do presidente Jair Bolsonaro, pedir reformas na ONU e defender a luta contra a miséria, a pobreza e a fome.

    O presidente eleito aproveitou os três dias no Egito para se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e com as maiores lideranças climáticas do mundo.

    A Guterres, ele propôs oficialmente que a COP30, em 2025, seja realizada em um estado amazônico – o Amazonas ou o Pará. Lula também voltou a defender mudanças no sistema de governança da ONU, como havia feito em seu discurso.