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    Lula viajará à Etiópia em fevereiro para encontro com países africanos, dizem fontes

    Presidente deve participar da reunião da União Africana em 17 e 18 de fevereiro, segundo fontes do governo

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 01/11/2023REUTERS/Adriano Machado

    Priscila Yazbekda CNN

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá viajar à Etiópia na segunda quinzena de fevereiro de 2024 para participar de um encontro com países africanos, segundo fontes do governo.

    O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou neste domingo (3), em coletiva de imprensa, na COP28, em Dubai, que o presidente foi convidado para participar do encontro da União Africana.

    Fontes próximas ao presidente confirmaram à CNN que Lula aceitou o convite e deve participar da Cimeira da União Africana, que será realizada de 17 a 18 de fevereiro de 2024 em Adis Abeba, onde fica a sede da organização.

    A União Africana é um grupo que reúne os 54 países e territórios do continente africano, com o objetivo de promover a paz e a cooperação entre as suas nações e, consequentemente, o seu desenvolvimento. A organização foi criada em 2002, sucedendo a Organização da Unidade Africana (OUA), criada em 1963.

    Relação Brasil e África

    Em 2002, antes da posse de Lula, o intercâmbio comercial entre Brasil e África somava US$ 5 bilhões. Esse volume foi crescendo ao longo das duas primeiras gestões de Lula e subiu para US$ 20 bilhões em 2010, no último ano do segundo mandato do presidente. Depois, bateu recorde histórico de US$ 28 bilhões em 2013, já no governo Dilma.

    Com a crise de 2015 e 2016, o fluxo comercial caiu para US$ 12 bilhões em 2016 e depois oscilo perto dos US$ 15 bi nos governos Temer e Bolsonaro.

    Em 2022, o intercâmbio comercial subiu para US$ 21 bilhões. Mas segundo economistas, o aumento foi mais ligado à inflação, que elevou o preço das mercadorias, do que por uma aproximação das regiões.

    Isso fica evidente ao observar a variação no número de embaixadas do Brasil na África, que saltou de 17 em 2002 para 37 em 2013. Depois, o governo Temer inicia um processo de redução do número de embaixadas e até o fim do governo Bolsonaro o número caiu para menos da metade do que 2013, com 15 embaixadas.

    Desde quando assumiu a presidência em janeiro, Lula vem reforçando a importância das relações entre o Brasil e a África, buscando se consolidar como um líder do Sul global. Ele defendeu a entrada da Etiópia e do Egito no Brics, o bloco de economias emergentes, que foi ampliado com a entrada de seis novos membros.

    Diversas reuniões foram realizadas entre o Brasil e lideranças africanas ao longo de 2023, por isso especialistas afirmam que há grande expectativa de que o comércio com a região se torne mais vigoroso, nos moldes que já aconteceram no passado.