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    Lula vai à Colômbia para tratar sobre Venezuela e crise México-Equador

    Reunião com o presidente colombiano acontece na próxima terça (17), em Bogotá

    Colombiano e brasileiro terão encontro na semana que vem em Bogotá
    Colombiano e brasileiro terão encontro na semana que vem em Bogotá Arquivo - Ricardo Stuckert/PR

    Marcos AmorozoDébora Bergamascoda CNN

    Brasília

    As eleições da Venezuela e a crise diplomática entre México e Equador serão discutidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante visita à Colômbia na próxima terça-feira (17).

    Os temas estão em pauta para o encontro entre o presidente brasileiro e o colombiano, Gustavo Petro.

    “A situação regional é um tema obrigatório. Até porque há uma vocação integracionista dos dois. Então, há interesse em tratar desse tema”, disse o ministro João Marcelo Queiroz, diretor do Departamento de América do Sul do Itamaraty.

    Brasil e Colômbia já demonstraram preocupação com a situação encontrada na Venezuela. Depois de governos de direita, que romperam com Caracas, nos dois países, Lula e Petro buscaram a reaproximação.

    No último mês, o governo brasileiro expressou inquietação com os desdobramentos da corrida presidencial na Venezuela, recebendo uma resposta incisiva por parte da diplomacia liderada por Maduro. O presidente Petro, igualmente preocupado, realizou uma visita à Caracas nesta semana, onde se encontrou com o líder venezuelano.

    A análise das diplomacias é de que a inviabilização de candidaturas rivais e prisões de oponentes políticos de Maduro violam o Acordo de Barbados — assinado no ano passado entre representantes do governo venezuelano e da oposição com o propósito de assegurar eleições livres, transparentes e justas no país. Lula e Petro também compartilham a perspectiva de que isolar Maduro não resolverá os problemas.

    Os dois países concordam que as medidas tomadas anteriormente para isolar a Venezuela não surtiram efeito. Essa abordagem de engajamento deve ser destacada durante as discussões

    João Marcelo Queiroz

    Na semana que vem, em pronunciamento à imprensa, Lula deve voltar a defender o tema, destacando a importância de que a disputa seja limpa e justa.

    Por outro lado, deve fazer um apelo público para que os Estados Unidos não voltem com sanções contra a Venezuela.

    Esta decisão do governo norte-americano está programada para quinta-feira (18), ou seja, um dia após o encontro entre Lula e Petro.

    A disputa pelo território de Essequibo entre Guiana e Venezuela também deve ser pauta do encontro bilateral.

    Além da questão da Venezuela, os dois países também estão alinhados quanto à crise diplomática envolvendo México e Equador. Colômbia e Brasil, junto a outros países da América do Sul, condenaram a invasão da embaixada mexicana pela polícia equatoriana para prender o ex-vice-presidente do Equador, exilado em missão diplomática.

    A invasão foi considerada como uma violação das normas internacionais e o governo mexicano rompeu relações diplomáticas com o Equador.

    Cronograma da viagem

    Lula viaja para Bogotá na segunda (16), mas ainda não foi definido o horário de partida. Ao chegar, descansa e não cumpre agendas.

    Na terça, Lula se encontra com Petro na Casa de Nariño, sede do governo da Colômbia. A reunião bilateral deve durar cerca de duas horas. Ao final, está programada assinatura de acordos de entendimento abrangendo áreas como tráfico de pessoas, direitos humanos e ordenamento territorial, além de colaborações nos setores policial e cultural.

    Os líderes dos dois países também devem participar do encerramento de um fórum empresarial promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Atualmente, cerca de 70 empresas brasileiras possuem sucursais na Colômbia.

    Posteriormente, Lula receberá um convite para a cerimônia de abertura da Feira Literária de Bogotá, o principal evento cultural da Colômbia. O Brasil, homenageado deste ano, será o foco do estande principal. O presidente estará acompanhado por uma delegação de escritores e artistas, incluindo Ailton Krenak e Hermeto Pascoal.