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    Lula sobre Bolsonaro: “Quero que seja julgado da forma mais honesta possível”

    Presidente defendeu presunção de inocência, mas disse novamente que rival “tentou dar um golpe”

    Renata Souzada CNN , São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (26), os inquéritos da Polícia Federal (PF) que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    O petista defendeu que o ex-mandatário tenha direito à presunção de inocência e que “seja julgado da forma mais honesta possível”.

    “O que eu defendo para ele, eu defendo para mim. Que ele tenha direito à presunção de inocência, que ele tenha direito de se defender e que ele seja ouvido”, disse o presidente, relembrando a investigação que culminou em sua própria prisão, em 2018 — Lula ficou detido um ano e sete meses.

    “Não quero que ele seja condenado, [ou] que ele seja inocentado. Eu quero que ele seja julgado corretamente, com direito de defesa, e que prevaleça aquilo que a Justiça encontrar”, continuou. “Eu quero que ele seja julgado da forma mais honesta possível.”

    Apesar disso, Lula foi direto ao comentar o inquérito que investiga o ex-chefe do Executivo por participação em um suposto esquema de golpe de Estado. “Que ele tentou dar um golpe, ele tentou. Isso aí é visível”.

    Além deste caso, Bolsonaro também é investigado pela PF por suposta participação em esquema de fraude no cartão de vacinação contra Covid-19.

    Em relação à investigação das joias, que envolve Bolsonaro, Lula disse que “presidente da República não ganha joia, ganha presente”. Na avaliação do petista, “se o cara ganhou joia, joia não é presente de um presidente para o outro, joia tem alguma coisa errada”.

    A CNN apurou que a Polícia Federal considera já ter provas suficientes para concluir a investigação que apura se presentes recebidos por Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2021, foram desviados do acervo presidencial e negociados em lojas especializadas nos Estados Unidos por aliados do ex-presidente.

    *Com informações de Débora Bergamasco, da CNN

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