Lula resiste a reforma ministerial, mas sinaliza disposição em trocas pontuais, dizem aliados
Palácio do Planalto indicou ao União Brasil que o partido, caso queira, pode trocar nomes de indicados pela sigla, mas mantendo o comando das mesmas pastas
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sinalizado resistência em promover uma reforma ministerial em apenas seis meses de mandato, segundo relatos de aliados do presidente à CNN.
De acordo com essas fontes, o petista avalia fazer uma mudança efetiva apenas no ano que vem.
Com a queixa de integrantes da base aliada, no entanto, Lula indicou que pode fazer trocas pontuais caso as siglas aliadas queiram mudar seus indicados.
As eventuais alterações, no entanto, não envolveriam mudanças de pastas, mas apenas de nomes indicados pelos partidos da base aliada. De acordo com relatos feitos à CNN, o recado foi dado ao União Brasil, partido que tem oferecido maior dificuldade ao governo petista.
A opção seria a sigla indicar novos nomes para Comunicações e Turismo, por exemplo. O partido, no entanto, avalia que uma troca teria pouca efetividade, já que são pastas sem grandes orçamentos.
A bancada federal da legenda gostaria de uma pasta com maior capacidade de investimento, como a Saúde, por exemplo, segundo fontes ouvidas pela CNN.
O petista já deixou claro que não pretende retirar a ministra Nísia Trindade do posto, já que tem preferência por uma escolha técnica, não política, para a pasta.
Uma saída aventada por integrantes do bloco do centrão seria o comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que foi recriada após pressão na Câmara dos Deputados.
Lula, contudo, não decidiu se ela será oferecida ao União Brasil como forma de aplacar a insatisfação do partido com os postos ocupados atualmente.