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    Lula poderia criticar mais duramente invasão russa na Ucrânia, diz ex-embaixador

    Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, falou à CNN que seria possível criticar as ações da Rússia sem prejudicar a relação diplomática com o país

    Fernanda PinottiLetícia BritoCarolina Ferrazda CNN

    Em entrevista à CNN neste sábado (11), Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz “declarações ambíguas” sobre a guerra na Ucrânia e que ele poderia condenar a invasão russa de forma mais veemente.

    “É possível criticar duramente as ações de um país e paralelamente preservar a relação e o diálogo com esse país”, falou Abdenur.

    Ele apontou que existe uma discrepância entre o comunicado conjunto divulgado após a reunião entre o presidente brasileiro e o presidente americano, Joe Biden, – que diz que os dois “lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional” – e as declarações de Lula sobre a guerra.

    Abdenur também avaliou de forma muito positiva a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição dos Brics, e disse que o governo anterior havia colocado o Brasil em uma situação de “pária internacional”.

    O NBD – também conhecido como Banco dos Brics – tem como objetivo financiar obras para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países que compõe o grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    “O presidente Lula valoriza os Brics, o que é muito positivo para o Brasil”, disse. “A presidência brasileira no Banco dos Brics favorece a ampliação de fluxos em direção ao Brasil.”

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.

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