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    Lula mostra que “respeita” Tabata, mas composição não está descartada, dizem fontes

    Para aliados, presidente ainda tende a trabalhar por acordo com a deputada caso a candidatura do PSB não decole em SP

    Clarissa OliveiraPedro Venceslauda CNN , São Paulo

    A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo segue trabalhando com a ideia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá buscar uma composição com a deputada Tabata Amaral (PSB), apesar de o próprio ter negado que ofereceria a ela um cargo em troca de sua saída da corrida municipal.

    Fontes próximas às negociações ouvidas pela CNN dizem que Lula apenas indicou que “respeita” a candidatura de Tabata. O que não significa desistir de “trazê-la para perto” com o avançar da disputa.

    Lula negou nesta, terça-feira (30), em entrevista à Rádio CBN Recife, que pudesse oferecer um ministério a Tabata — como o da Ciência e Tecnologia — em troca de sua candidatura em São Paulo. “Eu jamais iria tentar corrompê-la com um cargo para ela não ser candidata a prefeita”, disse Lula.

    Nos bastidores, entretanto, a campanha de Boulos segue trabalhando com essa possibilidade. Se uma composição ocorrer, entretanto, ela tende a vir mais adiante na disputa, disse uma pessoa próxima das negociações.

    Isso desde que Tabata não consiga fazer a candidatura decolar. A ideia de que ela possa ocupar um cargo no governo federal não seria uma “condição”, segundo integrantes da equipe, mas sim uma “possível consequência” dessa aliança.

    “O Lula deixa claro que respeita a Tabata, que respeita a candidatura dela. Mas temos uma clareza muito grande de que esta será uma eleição polarizada. E ela tem grandes chances de virar nada. De ser um Rodrigo Garcia sem máquina”, afirmou a fonte, em referência ao fato de o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia ter tentado sem sucesso a reeleição em 2022.

    Entre aliados de Boulos há quem argumente que a permanência de Tabata na corrida municipal joga a favor do deputado do PSOL neste momento.

    A tese é que ela contribui para evitar o surgimento de um novo nome ao centro que não tenha identidade com o PT.

    Tabata tem apoio de Geraldo Alckmin, que até hoje é associado ao PSDB em São Paulo apesar de ter deixado a legenda.

    A pré-candidatura dela também joga contra, por exemplo, a tentativa da cúpula nacional do PSDB de emplacar uma candidatura própria no Estado. Mas, nesse caso, aliados de Boulos insistem que Lula, PT e PSOL precisam manter diálogo constante com a deputada. Até para não deixar espaço para que ela acabe se aliando ao PSDB.

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