Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Lula mantém distância de segurança em relação ao debate sobre PEC que limita poderes do STF

    Planalto quer evitar ruídos que poderiam prejudicar aprovação de pautas de interesse do governo

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Gustavo Uribe

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a um grupo de aliados que não pretende se envolver no debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF).

    O petista tem destacado, segundo assessores do governo, que o assunto não é uma pauta governista e que só deve se envolver no debate caso seja chamado para evitar uma espécie de crise institucional.

    O texto está na pauta do Senado desta terça-feira (24). A partir daí, passa a contar o prazo de cinco sessões para o texto poder ser votado em plenário. A expectativa é que isso ocorra no dia 8 de novembro.

    O Palácio do Planalto foi informado por líderes partidários que o texto não deve ser apreciado neste ano pela Câmara dos Deputados, já que o presidente da Casa Legislativa, Arthur Lira (PP-AL), tem pregado cautela sobre o tema.

    Lula quer evitar se envolver no debate para não correr o risco de criar ruídos quem podem prejudicar a votação das prioridades do governo no Congresso, como a reforma tributária e a taxação das offshores.

    A PEC que limita decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia 4 de outubro, em uma votação relâmpago.

    A aprovação ocorreu em meio à escalada de tensão entre o STF e o Congresso, com decisões divergentes em pautas como o marco temporal para demarcação de territórios indígenas e a discussão sobre mandatos dos ministros.