Lula fala em “guerra” à violência contra mulher dias após declarar : “Se é corintiano, tudo bem”
Presidente não deu detalhes sobre medidas que pretende tomar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a intenção de realizar uma “guerra” para combater a violência contra a mulher. A declaração foi feita durante convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), neste sábado (20), em São Bernardo do Campo (SP). Lula participou, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Luís Marinho e Paulo Teixeira.
“A família, para mim, é uma coisa sagrada. O homem que é homem e tem fé em Deus não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Não pode! A violência contra a mulher é muito grande. E a gente vai fazer uma guerra. Vamos fazer uma guerra (contra)”, disse Lula durante seu discurso.
Entretanto, o presidente não deu mais detalhes sobre as medidas que pretende tomar em relação à questão.
A fala ocorre quatro dias após o presidente ter comentado, durante uma reunião em Brasília (DF), uma pesquisa que relaciona o aumento dos números de casos de violência doméstica a partidas de futebol.
“Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste. Eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que, depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável… se o cara é corintiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco. Eu lamento profundamente”, afirmou o presidente na última terça-feira (16).