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    Lula está “descontente” com demora em ações para Yanomamis, dizem fontes

    Presidente avalia como negativo o fato de que, um ano depois da visita dele a uma das comunidades, ainda não há ações permanentes anunciadas

    Gabriela PradoJussara Soaresda CNN , Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “descontente” com a demora nos anúncios de ações permanentes do governo na terra indígena Yanomami, em Roraima, segundo interlocutores no Palácio do Planalto relataram à CNN.

    Lula já afirmou publicamente que o assunto é prioridade para o governo. E avalia como negativo o fato de que, um ano depois da visita dele a uma das comunidades, ainda não há ações permanentes anunciadas. E pior: a situação ainda continua crítica.

    Assim que assumiu a presidência em 2023, Lula colocou a crise humanitária dos Yanomami no foco do governo e decretou emergência de saúde pública na região. Foi criada uma força-tarefa para também expulsar garimpeiros do território indígena.

    O alvo das reclamações de articuladores do Planalto é principalmente Rui Costa, ministro da Casa Civil. Cabe à pasta articular com os ministérios a a implantação das medidas necessárias aos indígenas.

    Nesta terça-feira (23), representantes dos ministérios e titulares se reuniram pela segunda vez, mas não houve declarações à imprensa após o término da agenda.

    De acordo com pessoas que tiveram acesso à reunião, neste momento cada área está preparando um diagnóstico e fazendo um plano de ação que serão reunidos pela Casa Civil.

    No dia 9 de janeiro, o governo federal já havia anunciado que as ações da União na Reserva Indígena Yanomami passarão de emergenciais para permanentes. Na ocasião, em uma reunião com ministros, Lula disse que ia tratar os “Yanomami como questão de Estado”.

    Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado, ou seja, nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina

    Luiz Inácio Lula da Silva

    Entre as medidas anunciadas foi a criação de uma “casa de governo“, órgão que representará o executivo federal no estado de Roraima e vai congregar representantes de diversos ministérios, além de uma nova organização de logística de atendimento e segurança pública.

    O custo das medidas para 2024 é estimado em R$ 1,2 bilhão de reais e deverá ser feito por meio de crédito extraordinário.

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