Lula e diretor-geral da OMS discutem parceria para produção de vacina contra dengue
Imunizantes seriam do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, discutiram nesta segunda-feira (5) uma parceria para produção de vacinas brasileiras contra a dengue.
Os imunizantes seriam tanto o do Instituto Butantan, quanto o da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para Adhanom, o Brasil pode ser um fornecedor do fármaco.
O Ministério da Saúde informou que o país tem 345.235 casos prováveis de dengue. De acordo com a pasta, foram registradas 36 mortes pela doença, e outras 234 estão em investigação.
No encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto, estavam presentes a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim.
Doenças determinadas socialmente
Adhanom afirmou que a OMS pretende dar todo apoio possível, trabalhando junto ao governo federal, para a eliminação de doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para filho, como o HIV.
Na próxima quarta-feira (7), o diretor-geral da OMS participará junto de Nísia Trindade do lançamento do programa nacional para a eliminação de doenças determinadas socialmente.
G20
No encontro, os líderes conversaram sobre a presidência do G20, que conta com Grupo de Trabalho de Saúde. Adhanom agradeceu o apoio de Lula e pediu que o grupo possa pautar a discussão sobre o financiamento da saúde.
O Brasil assumiu a liderança do G20 em dezembro do ano passado e ficará até novembro de 2024. O grupo reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.
Segundo Lula, é necessário haver uma melhor política tributária, que possa ampliar o financiamento do setor de saúde.
Também foi tratado sobre a conclusão dos trabalhos do Órgão de Negociação Intergovernamental na elaboração e negociação de instrumento internacional para prevenção, preparo e resposta a pandemias. O Brasil é o representante das Américas no grupo responsável pela coordenação dos trabalhos.