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    Lula e Bolsonaro têm responsabilidade de promover a paz no país, diz Pacheco

    Presidente do Senado lamentou a morte de petista em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado (9)

    Anna Gabriela Costada CNN

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), lamentou nesta segunda-feira (11) a morte do petista Marcelo Arruda, guarda municipal que fazia uma festa com temática do PT e teve o evento invadido por um agente penitenciário federal. Após discussão, ambos foram baleados em troca de tiros.

    Para Pacheco, líderes políticos mais “expressivos” devem promover a paz para desencorajar atos de violência impulsionados por ideologias políticas.

    “[A] Responsabilidade [é] dos líderes políticos, principalmente os que disputam eleição, e que têm debaixo de si uma grande militância política e adeptos no Brasil todo. E me refiro ao presidente [Jair] Bolsonaro [PL] e ao [ex] presidente Lula. A responsabilidade desses líderes políticos é de provocar um pouco de paz nesse país, que se faça uma votação com discussão de ideias, com discussão de propostas”, disse o presidente do Senado.

    Pacheco considera o crime uma como “barbaridade” que reflete o momento político atual.

    “Essa barbaridade que aconteceu e tirou a vida de um pai de família em plena festa de aniversário. De fato são cenas repugnantes, chocantes. Expressão pura, infelizmente, do momento político de muito ódio e intolerância. As pessoas estão se matando por motivo ideológico e politico. Isso é inaceitável”, disse.

    “Estamos vivendo tempo medieval em tempos modernos de rede social, e isso é muito ruim porque potencializa esse aspecto que ninguém quer na democracia do nosso país”, finalizou o presidente do Senado.

    O caso

    O guarda municipal Marcelo Arruda teve a festa de aniversário invadida pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho na noite deste sábado (9). Arruda é membro da diretiva do PT em Foz do Iguaçu e tinha a decoração da festa de comemoração dos seus 50 anos em homenagem a Lula e ao PT.

    Segundo relatos de quem estava presente, Guaranho foi até o local gritando o nome do presidente Jair Bolsonaro. Foi pedido que ele deixasse o local e ele avisou que voltaria. Arruda então foi até seu carro e pegou sua arma. Cerca de 20 minutos depois, Guaranho voltou e atirou em Arruda, que conseguiu revidar e atirar nele também. O aniversariante morreu, enquanto Guaranho foi encaminhado ao hospital em estado grave.

    “O Guarda Municipal não gostou do que ele teria dito, pegou uns pedregulhos e arremessou contra o motorista do veiculo, ele saiu do local dizendo que ia voltar, quando ele retornou aconteceu toda a tragédia”, explicou a delegada em coletiva de imprensa, na tarde deste sábado.

    “Ele não era convidado da festa, estamos verificando porque ele foi ate o local e porque estava ouvindo músicas que remetiam a Bolsonaro. Uma testemunha disse que ele falou: aqui é Bolsonaro”, disse a delegada.

    A motivação do crime está sendo investigada pela polícia. “Vamos ouvir a esposa do Guarda Municipal, a esposa do agente penal e todos os indivíduos que estavam na festa”, afirmou Iane Cardoso no domingo (10).

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