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    Lula é aconselhado a escolher mulher para a Justiça se Dino for ao STF

    A ideia seria tentar arrefecer críticas na própria esquerda sobre a baixa representação feminina na Suprema Corte

    Pedro VenceslauGustavo Uribeda CNN , São Paulo e Brasília

    Com o favoritismo de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado por um grupo de aliados a nomear uma mulher para o Ministério da Justiça.

    A alternativa seria uma tentativa de arrefecer críticas no campo de esquerda sobre a escolha de um homem para vaga da ministra Rosa Weber, que completa 75 anos em 02 de outubro, idade para a aposentadoria compulsória.

    Veja também – Flávio Dino é citado por ministros de Lula como favorito para próxima vaga no STF

    Em conversas reservadas, relatadas à CNN, Lula sinalizou preferência por Dino, atual ministro da Justiça, para a vaga de Weber e avaliou como uma boa ideia a indicação de uma mulher para Justiça.

    Com o aceno feito pelo presidente, partidos como PT e PSB iniciaram busca por nomes de juristas mulheres que poderiam se encaixar no perfil avaliado por Lula.

    Em conversas reservadas, são citadas, por exemplo, como o da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a advogada Carol Proner e a desembargadora Simone Schreiber.

    Caso Lula opte por um homem, o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, é o favorito. Damous foi deputado federal pelo PT e é considerado um dos consultores jurídicos do presidente.

    A expectativa é de que Lula discuta sua indicação ao STF, em viagem aos Estados Unidos, com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pacheco é o responsável por marcar a votação do escolhido pelo presidente no plenário da Casa Legislativa.

    Vídeo: Com eventual saída de Dino, Segurança Pública e Justiça podem ser pastas separadas

    Segundo relatos feitos à CNN, Lula chegou a avaliar o nome de Pacheco para o STF. Mas considerou que uma eleição neste momento ao comando do Senado Federal seria arriscada para a governabilidade.

    Com uma eventual saída de Dino, também voltou a discussão de uma divisão da pasta em Justiça e Segurança Pública, o que poderia atender tanto ao PT como ao PSB.

    Nesse caso, dois nomes cotados para um eventual Ministério da Segurança Pública são o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli.

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